A Assembleia de Deus é uma igreja cristã
evangélica, sendo a maior denominação evangélica e pentecostal no Brasil[3] e
no mundo, contabilizando mais de 66 milhões de membros. Seu caráter histórico
descentralizado permite a existência de diversas convenções sob o nome de
"Assembleia de Deus". No Brasil o presidente nacional é o Pastor José
Wellington Bezerra da Costa, pela CGADB, o bispo Manoel Ferreira pela CONAMAD,
entre outros líderes de convenções em âmbito nacional.
As Assembleias surgiram simultaneamente nos
Estados Unidos (1914) e no Brasil (1911), se unindo por meio da Associação
Mundial da Assembleia de Deus na década de 80 de forma autônoma e independente,
e ligadas pela história e pelas crenças expostas na Declaração de Verdades
Fundamentais das Assembleias de Deus. Como uma igreja pentecostal, as
Assembleias de Deus acreditam no batismo por meio do Espírito Santo,
evidenciado por meio do falar em línguas; no arrebatamento da igreja por Cristo
e na doutrina da Santa Trindade.
Sua expansão pelo mundo se deu por meio de um
forte trabalho missionário, enfatizado pela organização como meio eficaz da
pregação do Evangelho e para a expansão do Reino de Deus no mundo.
Antecedentes
O
Movimento Pentecostal
William
Seymour, líder do avivamento da rua Azusa
O movimento pentecostal de hoje traça seus
vestígios da sua comunidade a uma reunião de oração no Colégio Bíblico Betel em
Topeka, Kansas em 1 de janeiro de 1901.[6] Ali, muitos chegaram à conclusão de
que falar em línguas era o sinal bíblico do Batismo no Espírito Santo. Charles
Parham foi o fundador desta escola, que mais tarde iria para Houston, Texas.
Apesar da segregação racial em Houston, William J. Seymour, um pregador negro,
foi autorizado a assistir a aulas bíblicas de Parham. Seymour viajou para Los
Angeles, onde sua pregação provocou o Avivamento da Rua Azusa em 1906. Apesar
do trabalho de vários grupos wesleyanos avivalistas, como Parham e D. L. Moody,
o início do movimento pentecostal difundido nos Estados Unidos, é geralmente
considerado como tendo começado com Seymour no avivamento da rua Azusa.[7]
O avivamento na rua Azusa foi o primeiro
avivamento pentecostal a receber atenção significativa, e muitas pessoas de
todo o mundo tornaram-se atraídas por ele. A imprensa de Los Angeles deu muita
atenção ao avivamento de Seymour, o que ajudou a alimentar o seu
crescimento.[8] Um número de novos grupos menores iniciou-se, inspirado nos
acontecimentos deste avivamento. Os visitantes internacionais e missionários
pentecostais acabariam por trazer estes ensinamentos para outras nações, de
modo que praticamente todas as denominações pentecostais clássicas hoje traçam
suas raízes históricas no avivamento da rua Azusa.
Logo cedo os pentecostais foram incentivados
por seu entendimento de que todo o povo de Deus poderia profetizar nos últimos
dias antes da segunda vinda de Cristo. Eles olharam para as passagens bíblicas
sobre o Pentecostes no segundo capítulo de Atos, em que Pedro citou a profecia
contida em Joel 2.18: "E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito
sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos
velhos terão sonhos, e os vossos jovens terão visões." (ARC). Assim,
quando a experiência de falar em línguas espalhou-se entre os homens e mulheres
da rua Azusa, um sentido de urgência tomou conta, quando eles começaram a olhar
para a Segunda Vinda de Cristo. No início os pentecostais se viam como
peregrinos na sociedade, dedicando-se exclusivamente a preparar o caminho para
a volta de Cristo.[9] [10]
O Pentecostalismo, como qualquer outro
movimento importante, deu origem a um grande número de organizações com
diferenças políticas, sociais e teológicas. O movimento inicial foi
contracultural: Afro-americanos e as mulheres foram importantes líderes do avivamento
da rua Azusa, o que ajudou a espalhar a mensagem Pentecostal muito além de Los
Angeles. Com o avivamento começando a diminuir, no entanto, diferenças
doutrinárias começaram a surgir como a pressão da evolução social, cultural e
político da época começou a afetar a igreja. Como resultado, mais divisões,
isolacionismo, sectarismo e mesmo o aumento do extremismo eram aparentes.
Brasil
História
A Assembleia de Deus chegou ao Brasil por
intermédio dos missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg, que aportaram
em Belém, capital do Estado do Pará, em 19 de novembro de 1910, vindos dos
Estados Unidos. A princípio, frequentaram a Igreja Batista, denominação a que
ambos pertenciam na Suécia. Eles traziam a doutrina do batismo no Espírito
Santo, com a glossolalia — o falar em línguas espirituais — como a evidência
inicial da manifestação para os adeptos do movimento.[11] A manifestação do
fenômeno já vinha ocorrendo em várias reuniões de oração nos Estados Unidos (e
também de forma isolada em outros países), principalmente naquelas que eram
conduzidas por Charles Fox Parham, mas teve seu apogeu inicial através de um de
seus principais discípulos, um pastor leigo negro, chamado William Joseph
Seymour, na rua Azusa, Los Angeles, em 1906.
A nova doutrina trouxe muita divergência.
Enquanto um grupo aderiu, outro rejeitou. Assim, em duas assembleias distintas,
conforme relatam as atas das sessões, os adeptos do pentecostalismo foram
desligados e, em 18 de junho de 1911[12] , juntamente com os missionários estrangeiros,
fundaram uma nova igreja e adotaram o nome de ''Missão de Fé Apostólica'', que
já era empregado pelo movimento de Los Angeles, mas sem qualquer vínculo
administrativo com William Joseph Seymour. A partir de então, passaram a
reunir-se na casa de Celina de Albuquerque. Mais tarde, em 18 de janeiro de
1918 a nova igreja, por sugestão de Gunnar Vingren, passou a chamar-se
''Assembleia de Deus'', em virtude da fundação das Assembleias de Deus nos
Estados Unidos, em 1914 em Hot Springs, Arkansas, mas, outra vez, sem qualquer
ligação institucional entre ambas as igrejas.
A Assembleia de Deus no Brasil expandiu-se pelo
estado do Pará, alcançou o Amazonas, propagou-se para o Nordeste,
principalmente entre as camadas mais pobres da população. Chegaram ao Sudeste
pelos idos de 1922, através de famílias de retirantes do Pará, que se portavam
como instrumentos voluntários para estabelecer a nova denominação aonde quer
que chegassem. Nesse ano, a igreja teve início no Rio de Janeiro, no bairro de
São Cristóvão, e ganhou impulso com a transferência de Gunnar Vingren, de
Belém, em 1924, para a então capital da República. Um fato que marcou a igreja
naquele período foi a conversão de Paulo Leivas Macalão, filho de um general,
através de um folheto evangelístico. Foi ele o precursor do assim conhecido
Ministério de Madureira, como veremos adiante.
A influência sueca teve forte peso na formação
assembleiana brasileira, em razão da nacionalidade de seus fundadores, e graças
à igreja pentecostal escandinava, principalmente a Igreja Filadélfia de
Estocolmo, que, além de ter assumido nos anos seguintes o sustento de Gunnar
Vingren e Daniel Berg, enviou outros missionários para dar suporte aos novos
membros em seu papel de fazer crescer a nova Igreja. Desde 1930, quando se realizou
um concílio da igreja na cidade de Natal, a Assembleia de Deus no Brasil passou
a ter autonomia interna, sendo administradas exclusivamente pelos pastores
residentes no Brasil, sem contudo perder os vínculos fraternais com a igreja na
Suécia. A partir de 1936 a igreja passou a ter maior colaboração das
Assembleias de Deus dos Estados Unidos através dos missionários enviados ao
país, os quais se envolveram de forma mais direta com a estruturação teológica
da denominação.
Organização
denominacional
As Assembleias de Deus brasileiras estão
organizadas em forma episcopado não-territorial, onde cada Ministério é
constituído pela igreja-sede com suas respectivas filiadas, congregações e
pontos de pregação (subcongregações). O sistema de administração é um misto
entre o sistema episcopal e o sistema congregacional, onde os assuntos são
previamente tratados pelo ministério (Convenção local), com forte influência da
liderança pastoral, e depois são levados às assembleias para serem referendados
apenas. Os pastores das Assembleias de Deus podem estar ligados ou não às
convenções estaduais, e estas se vinculam a uma convenção de âmbito nacional.
As Assembleias de Deus iniciaram cedo seu
trabalho missionário, em 1913 enviou um evangelista a Portugal. Desde a década de
1990 os diversos ministérios expandiram em áreas cada vez mais distantes de
suas igrejas-mães, plantando igrejas em comunidades imigrantes brasileiras nos
Estados Unidos, Europa, Japão, América Latina ou em novas iniciativas
missionárias na África e Ásia.
Desde a década de 1980, por razões
administrativas, a Assembleia de Deus brasileira tem passado por algumas cisões
que deram origem a diversas convenções e ministérios, com administração
autônoma, em várias regiões do País. O mais expressivo dos ministérios
independentes é o Ministério de Madureira, cuja igreja já existia desde os idos
de 1930, fundada pelo pastor Paulo Leivas Macalão e que, em 1958, serviu de
base para a estruturação nacional do Ministério por ele presidido, até a sua
morte, no final de 1982. Particularmente na América do Sul, hoje existem muitas
Assembleias de Deus autônomas e independentes.
Convenção
Geral das Assembleias de Deus no Brasil
A Convenção Geral das Assembleias de Deus no
Brasil (CGADB) possui sede no Rio de Janeiro (RJ), esta se considera o tronco
da denominação por ser a entidade que desde o princípio deu corpo
organizacional à igreja. A CGADB em 2000 contava com cerca de 3,5 milhões de
membros em todo o Brasil (dados do Iser) e centenas de missionários espalhados
pelo mundo.
A CGADB é proprietária da Casa Publicadora das
Assembleias de Deus (CPAD), com sede no Rio de Janeiro, que atende parcela
significativa da comunidade evangélica brasileira. A CGADB também é
proprietária da Faculdade Evangélica de Tecnologia, Ciências e Biotecnologia
(Faecad), sediada no mesmo Estado, e que oferece os seguintes curso em nível
superior: Administração, Comércio Exterior, Marketing, Teologia e Direito. E no
selo Fonográfico a CGADB é proprietária da Patmos Music gravadora que tem sede
e estúdios também no Rio de Janeiro (RJ), que tem em seu casting de artistas,
dezenas de cantores e cantoras.
A CGADB é constituída por várias convenções
estaduais e regionais, além de vários ministérios. Alguns ministérios cresceram
de tal forma que tornaram-se denominações de facto, com suas congregações
sobrepondo as áreas de abrangência das convenções regionais. Dentre os grandes
ministérios se destaca o Ministério do Belém-SP (não confundir com a
igreja-mãe, Belém do Pará), que possui cerca de 2.200 igrejas concentradas no
centro-sul e com sede no bairro do Belém na capital paulista, sendo atualmente
(2013) presidida pelo pastor José Wellington Bezerra da Costa, que sucedeu o
pastor Cícero Canuto de Lima, que também presidiu a CGADB.
Na área política, alguns deputados federais são
membros das Assembleias de Deus e a representam institucionalmente junto aos
poderes públicos nos assuntos de interesse da denominação, supervisionados pelo
Conselho Político Nacional das Assembleias de Deus no Brasil, com sede em
Brasília (DF), que coordena todo o processo político da CGADB. Além disso, há
também deputados estaduais e até prefeitos e vereadores, todos sob a chancela
de igrejas ligadas à CGADB. No Pleito Eleitoral de 2011, 22 deputados Federais
assembleianos foram eleitos para a 54ª Legislatura (2011-2015).
Desde a década de 1980, por razões
administrativas, notadamente em virtude do falecimento do pastor Paulo Leivas
Macalão e de sua esposa, missionária Zélia, a Assembleia de Deus brasileira tem
passado por várias cisões que deram origem a diversas convenções e ministérios,
com administração autônoma, em várias regiões do País. O mais expressivo dos
ministérios independentes é o Ministério de Madureira, cuja igreja já existia
desde os idos de 1930, fundada pelo já mencionado pastor Paulo Leivas Macalão e
que, em 1958, serviu de base para a estruturação nacional do Ministério por ele
presidido, até a sua morte, no final de 1982.
Ministério
de Madureira
À medida que os anos se passavam, os pastores
do Ministério de Madureira (assim conhecido por ter sua sede em bairro de mesmo
nome, na cidade do Rio de Janeiro), sob a presidência vitalícia do pastor (hoje
Bispo) Manoel Ferreira, distanciavam das normas administrativas da CGADB
(Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil), segundo a liderança da
época, que, por isso mesmo, realizou uma assembleia geral extraordinária em
Salvador, Bahia, em setembro de 1989, onde os pastores da igreja de Madureira
foram desligados da CGADB, assim foi instituída a CONAMAD, uma nova convenção
nacional assembleiana.
Portugal
Em Portugal a história dessa denominação
pentecostal é contada a partir do ano de 1913. Foram os missionários
portugueses emigrados do Brasil José Plácido da Costa (1913) e José de Matos
Caravela (1921) que deram início às ações que resultaram na fundação das
Assembleias de Deus em Portugal.
A primeira igreja Assembleia de Deus em
Portugal foi fundada na cidade de Portimão, em 1924, pelo missionário José de
Matos, também responsável pela fundação das igrejas do Algarve, de Santarém e
de Alcanhões. A partir desse ano, com a ajuda de missionários suecos e o
esforço de obreiros portugueses, foram estabelecidas diversas outras igrejas em
várias cidades, como: Porto, em 1930, com a intervenção do missionário sueco
Daniel Berg; Évora, em 1932, pela ação da evangelista Isabel Guerreiro; e
Lisboa, em 1934, com a ajuda do missionário Jack Hardstedt.
Da ação missionária das Assembleias de Deus em
Portugal deu-se a expansão da igreja aos territórios ultramarinos, a exemplo
de: Angola, Guiné, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Timor-Leste; os quais
posteriormente tornaram-se nações independentes, mas mantiveram suas igrejas
Assembleias de Deus nacionais em fraterna relação com as coirmãs portuguesas.
Em Portugal o ramo principal é a Convenção das
Assembleias de Deus em Portugal, com quase 400 igrejas, a maior denominação
evangélica no país. [carece de fontes]
Estados
Unidos
Nos Estados Unidos surgiram várias congregações
pentecostais independentes, desde o avivamento da rua Azusa, em 1906. Buscando
unidade, comunhão entre si, trabalho missionário e organização legal, o Rev. E.
N. Bell com a ajuda de outros líderes convocaram uma Convenção em Hot Springs,
Arkansas, entre 2 e 7 de abril de 1914, surgindo ali pela primeira vez o nome Assembleia
de Deus. Como resultado, houve a adesão de quase 500 ministros e a criação do
General Council of the Assemblies of God (Concílio Geral das Assembleias de
Deus), mais tarde sediado em Springfield, Missouri, lugar sede do terceiro
Concílio, onde foi feita a Declaração das Verdades Fundamentais[13] [14] ,
compartilhada até hoje com a maioria das Assembleias de Deus no mundo.
Essa igreja nos EUA possui hoje, cerca de 2
milhões de membros e envia missionários a vários países do mundo. John
Ashcroft, procurador-geral dos Estados Unidos durante o primeiro mandato de
George W. Bush, é membro dessa denominação.
As Assemblies of God apresentam algumas
diferenças de sua coirmã brasileira: no tocante à administração, não existe o
sistema de ministérios; cada igreja local é autônoma e não é subordinada a
nenhuma outra, mas voluntariamente agrupam-se em presbitérios regionais, onde
há igualdade entre todos e contam com a participação de representantes leigos.
A congregação local entrevista e contrata o pastor, que é examinado e ordenado
pelo Concílio Geral.
Austrália
e Nova Zelândia
Iniciadas em 1937, a Assemblies of God in
Australia tem experimentado um crescimento consistente. Ela adotou um novo nome
em 2007: Australian Christian Churches e é atualmente constituído por mais de
1.000 igrejas com mais de 280 mil membros, tornando-se o maior movimento
pentecostal na Austrália.
Foram fortemente influenciadas por figuras do
inicio do século 20, como a senhora Janet Lancaster, AC Valdez, Smith
Wigglesworth, CL Greenwood e PB Duncan, mas nenhum deles eram, individualmente,
responsável pela formação das Assembléias de Deus na Austrália .
As Assembléias de Deus na Austrália foram
formadas a partir de uma conferência das Assembléias de Deus de Queensland e da
Igreja Pentecostal da Austrália em Sydney, na Páscoa de 1937. Foi reconhecido
pelos líderes de ambos os movimentos que era necessário um relacionamento mais
harmonioso e unificado. CL Greenwood foi eleito o primeiro Presidente das
Assembléias de Deus da Austrália e em cada estado foi concedida autonomia em
seus próprios assuntos.Nos primeiros anos do movimento, o crescimento foi muito
lento, mas firmes alicerces foram estabelecidos. Em 1948, o Bible College
Commonwealth foi estabelecido, um seminário a fim de treinar homens e mulheres
para o ministério. Vários líderes também surgiram para trazer liderança e
direção para o movimento, como Henry Wiggins, Philip Duncan, Edward Irish,
James Wallace, Alec Davidson e Ralph Read. Em 1977, quando o Pastor Andrew
Evans tornou-se o Superintendente Geral das Assembléias de Deus na Austrália, o
movimento experimentado grande crescimento, multiplicando-se por mais de 13
vezes no número de membros e congregados e fundação de mais de 700 igrejas. Em
Maio de 1997 Pastor Brian Houston foi eleito o novo Presidente Nacional das
Assembléias de Deus na Austrália, e sob a sua liderança, o movimento continuou
a crescer e expandir sua influência no século 21. Pastor Wayne Alcorn foi
eleito o novo Presidente Nacional pela Conferência Nacional em abril de 2009.
Hillsong
Iniciado em 1983 pelo pastor Brian Houston e
sua esposa Bobbie Houston, vindos da Nova Zelândia, fundaram o Hills Christian
Life Center (centro de vida cristã da montanha), em Sydney, Austrália. Com
apenas 45 membros, daí se originou a igreja Hillsong, uma das vertentes das
ADs, presente hoje em mais de 90 países.Hoje, o ministério Hillsong é
considerado a maior igreja da história da Austrália.
Assim como muitas igrejas, eles também
trabalham com pequenos grupos, usando termos como “grupos de conexão” ou, numa
terminologia mais comum, “células”. “A igreja Hillsong continua expandindo e
crescendo, a visão permanece a mesma: construir a igreja de Jesus Cristo e
abençoar o corpo de Cristo por toda terra”, revelam em seu site oficial.
É possível ter uma visão geral do abrangente
trabalho que realizam através de suas três principais conferências anuais: a
Conferência anual Hillsong (Hillsong Conference), Conferência de Mulheres
“Colour your World” (Colour Conference), e Conferência Hillsong de Homens (Mens
Conference). Além desses eventos, acontecem vários outros na estrutura do
Hillsong United Youth, o ministério de jovens da igreja.Segundo o que a própria
igreja informa, eles estão ativamente envolvidos em construir para a comunidade
local de Sydney o “Hillsong Emerge", cujas instalações e programas
abrangem desde centros médicos e serviços emergenciais, a programas para
drogados e alcoólatras, desenvolvimento pessoal e programas de recuperação”.
Hoje, o Emerge chama-se CityCare, e é uma organização sem fins lucrativos
baseada em Sydney.
Hillsong United, um dos maiores e mais
influentes ministérios de louvor jovem do planeta, é parte da AD Hillsong.
Possui igrejas nas maiores metrópoles do mundo,
como Nova York, Moscou e Amsterdã, os membros, em sua maioria são jovens e
adolescentes, a igreja pretende abrir uma igreja em São Paulo.[16]
Reino
Unido e Irlanda
Organizada em 1924, a Assemblies of God in
Great Britain and Ireland cresceu sob a influência do pastor Donald Gee. Reúne
hoje cerca de 600 igrejas locais e possui uma rede de missionários atuando em
vários continentes. Uma característica da AGGBI é a prática da Ceia do Senhor
semanalmente.
Existem ainda Assembleias de Deus composta por
imigrantes caribenhos e brasileiros, cujas igrejas não possuem relações com a
AGGBI.
Doutrina
Santa Ceia.
De acordo com o credo das Assembleias de Deus,
entre as verdades fundamentais da denominação, estão a crença:
Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada,
considerada a única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter
cristão (1 Tessalonicenses 2:13);
Num só Deus eterno subsistente em três pessoas:
o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Deuteronômio 6:4, joão 14:28, 1 Coríntios
11:3; 15:28);
Na concepção virginal de Jesus Cristo, na sua
morte vicária e expiatória, ressurreição corporal, ascensão para o céu e
deidade (João 20:17, Atos 2:22, 1 Coríntios 15:3);
No pecado que distancia o homem de Deus através
da queda, condição que só pode ser restaurada através do arrependimento e da fé
em Jesus Cristo (Gênesis 1:26, 27);
Na salvação do homem (Lucas 24:47);
Nas ordenanças da igreja: batismo em águas e
santa comunhão (Marcos 16:16, 2 Pedro 1:4);
No batismo no Espírito Santo (Atos 8:12-17);
Na evidência física inicial do batismo no
Espírito Santo (1 coríntios 13:8);
Na santificação do homem através de Cristo
Jesus (Hebreus 12:14);
Na igreja e na sua missão como corpo de Cristo
e agente de evangelização (Hebreus 12:23);
No ministério chamado e ordenado para a
evangelização (Marcos 16:15-20);
Na cura divina como privilégio aos crentes (2
Tessalonicenses 2:9,10);
Na esperança do arrebatamento de todos os fiéis
a Deus e a Bíblia Sagrada para a Nova Jerusalém em breve com a volta de Cristo
(Tito 2:3);
No reino milenar de Cristo (Apocalipse 1:7);
No julgamento final (Mateus 25:46);
Nos novos céus e nova terra (Apocalipse 21:22).
A denominação pratica o batismo em águas por
imersão do corpo inteiro, uma só vez, em pessoas a partir de 12 anos, em nome
da Trindade; a celebração, sistemática e continuada, da Santa Ceia; e o
recebimento do batismo no Espírito Santo, geralmente, com a evidência inicial
do falar em outras línguas, seguido de outros dons do Espírito Santo (mateus
7:22,23). A exemplo da maioria dos cristãos, os assembleianos aguardam a
segunda vinda premilenial de Cristo em duas fases distintas: a primeira,
invisível ao mundo, para arrebatar a Igreja fiel da terra, antes da Grande
Tribulação (Mateus 24:29-31); e a segunda, visível e corporal com a Igreja
glorificada, para reinar sobre o mundo por mil anos, sendo portanto
dispensacionalista.
Ainda, nesse corolário de fé, os assembleianos
esperam comparecer perante o Tribunal de Cristo, para receber a recompensa dos
seus feitos em favor da causa do Cristianismo, seguindo-se uma vida eterna de
gozo e felicidade para os fiéis e de tormento para os infiéis. Os
assembleianos, em geral, são contra o aborto voluntário.
Liturgia
Pregação.
Os cultos das Assembleias de Deus se
caracterizam por orações, cânticos, testemunhos e pregações, onde muitas vezes
ocorrem manifestações dos dons espirituais, como, por exemplo, profecias e
línguas espirituais.
Possui dias e horários específicos para cultos,
que são quarta-feira e sexta-feira no horário das 19:30, sendo que o principal
deles no domingo por volta das 19:00 horas, e o de ensinamento bíblico (a
Escola Bíblica Dominical, com divisão de classes por idade) por volta das 8
horas.
Os
cultos têm duração média de 2 horas, sendo divididos em:
Oração inicial - Normalmente o pastor ou outro
obreiro faz uma oração a Deus.
Cânticos iniciais - Utilizando-se a Harpa
Cristã, que é o hinário oficial da IEAD.
Leitura bíblica (ou palavra introdutória) -
Neste momento a leitura do trecho bíblico e inspirada pelo Espírito Santo.
Oportunidades de cânticos por grupos de jovens,
crianças, senhoras, adolescentes, corais, grupos, bandas e ministérios de
louvor.
Oportunidades de testemunhos por membros -
Momento no qual os membros contam o que Deus mudou em suas vidas e vem fazendo,
atualmente, por eles.
Pregação - O momento mais aguardado do culto em
si. Pois é o momento em que o pastor da igreja, ou um obreiro, até mesmo pastores
convidados explicam a palavra do Senhor.
Apelo - Convite aos que não são evangélicos a
aceitarem a Jesus como único e suficiente Salvador.
Cântico de encerramento e/ou avisos sobre as
próximas reuniões.
Oração final.
Bênção final (somente dado pelo pastor, ou
evangelista ou presbítero em ocasiões especiais).
Novos
conceitos a respeito de usos e costumes
Assembleia de Deus do Gama Oeste (Brasília), um
exemplo de uma AD 'renovada'.
A Assembleia de Deus vem experimentando, nos
últimos dez anos, grandes mudanças comportamentais no que diz respeito a usos e
costumes.
A Assembleia de Deus, há algum tempo, tinha o
hábito de inserir como doutrina os usos e costumes, por meio dos quais
restringia mais a liberdade das mulheres em questões de vestimenta, cabelo e maquiagem.
A igreja dizia que o uso de determinadas roupas e cortes de cabelos, por
exemplo, era vaidade. No entanto, com o passar dos anos, percebeu-se que a
adoção ou não de determinadas regras por parte das igrejas locais tratava-se
mais de uma questão de costume do que de doutrina, pois não feria os
fundamentos da fé cristã.
Pouco a pouco a Assembleia de Deus está
aceitando o uso de determinadas peças do vestuário feminino, consentindo que as
mulheres usem calças compridas, maquiagens, joias e bijuterias.
De igual modo, tendem a desaparecer do cenário
assembleiano as proibições ao uso da televisão, que já foram liberados desde
1990, enquanto algumas igrejas passam a orientar seus adeptos a lerem bons
livros e fazerem uso adequado da internet, numa clara demonstração de que as
posições radicais do passado estão sendo substituídas pelo respeito à liberdade
de seus membros usufruírem dos benefícios que a tecnologia põe à disposição da
sociedade contemporânea.
A
Assembleia de Deus pelo Mundo
Ao todo, as Assembleias de Deus têm 64 milhões
de membros espalhados no mundo e 363.450 ministros, divididos entre 351.645
igrejas e presentes em 217 países. O Brasil lidera essa lista com 22,5 milhões
de membros, de acordo com as estimativas da igreja nos EUA, seguido pela Coreia
do Sul com 3,1 milhões[2] .
Na América Latina e Caribe, o número de membros
chega a 28,8 milhões, o equivalente a 45% do total de assembleianos presentes
no planeta. Estes números são alcançados graças ao grande avanço da Assembleia
de Deus no Brasil, que detém um pouco mais de 78% desse total. As estimativas
apontam ainda mais de 35 mil ministros e mais de 100 mil templos espalhados por
todo o país[2] .
Referências
Ir para cima ↑ Censo IBGE 2010.
a b c d AG
Statistical Reports 2012
JACOB, C.R.; HEES,
D.R.; WANIEZ, P.; BRUSTLEIN, V.. Atlas da Filiação Religiosa e
Indicadores Sociais no Brasil. São Paulo: PUC-Rio - Edições Loyola, 2003. ISBN
85-15-02719-4
Maiores igrejas do Brasil
Barrett, David. World
Christian Encyclopedia. Oxford University Press: London, 2001. Table 1-5, pages
16–18
History of the
Assemblies of God
Blumhofer. As Assembléias de Deus: Um Capítulo
na História do Pentecostalismo Americano, Volume 1—To 1941. pp.97-112
"Weird Babble
of Tongues", Los Angeles Daily Times: April 18, 1906.
Blumhofer, Edith
L. Restoring the Faith: The Assemblies of God, pentecostalism, and American
culture. The Board of Trustees of the University of Illinois. 1993. 3–5.
Burgess.
Encyclopedia of Pentecostal and Charismatic Christianity. 460.
Medcraft, John P.
(1987). "The Roots and Fruits of Brazilian Pentecostalism" (PDF). Vox
Evangelica 17: 68.
Corten, André; Echalar, Mariana N. R.. Os
pobres e o Espírito Santo: o pentecostalismo no Brasil. Petrópolis, RJ: Vozes,
1996. 285 p. p. 66. ISBN 85-326-1713-1 (Título Original: Le pentecôtisme au
Brésil: émotion du pauvre et romantisme théologique)
A Declaração de Verdades Fundamentais da
Assembleia de Deus (em inglês)
16 Verdades Fundamentais – Texto Condensado (em
inglês)
ACC. ACC | About Us www.acc.org.au. Visitado em
2015-09-18.
Igreja Hillsong está entre as 10 mais
influentes do mundo. Visitado em 2015-09-18.
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